A morte/ Babá Egun
no deck dos Orisás
Esse Arcano pulou do baralho enquanto eu o embaralhava
mentalizando na energia para o dia.
Confesso que ao perceber de que Arcano se tratava, me deu
um frio na barriga.
Tudo bem que nós tarólogos sabemos que este Arcano não
indica uma morte física quando aparece em determinados jogos, pelo menos como
via de regra.
Mas ele nos confronta com a finalização, com a morte de
algo em nossa vida e isso de certo modo nos deixa apreensivos de alguma
maneira.
Existem situações que claramente sabemos que perdem força
ou energia a cada dia que se passa, e mentalmente sabemos que o fim se
aproxima. O coração apesar disso luta, reluta, sempre tenta fazer com que o fim
seja adiado.
As vezes o fim chega como um alívio, isso depende
realmente de cada situação.
E de como lidamos com as coisas e pessoas. Uma coisa é
certa: não temos controle sobre nada e ninguém nessa vida. As pessoas e coisas
passam pela gente, mas não nos pertencem.
Sendo assim não há como garantir que tal relacionamento
vai ser duradouro, que pelo menos nessa vida estaremos ao lado de alguém, ou
que tal coisa será nossa para sempre.
As coisas tem validade, os sentimentos mudam, as pessoas
mudam a sua forma de ver a vida.
As vezes temos a sensação de que a vida mudou, mas acho
que no fundo somos nós que vamos mudando em relação a vida.
Se fizermos uma ponte desse Arcano com O seis de copas
que nos visitou, acho que é exatamente isso. Nós é que mudamos quando deixamos
a nossa Criança Interior para trás e começamos a ver o mundo com um olhar de
adulto.
Aquele olhar de quem não pode falhar, não pode mostrar
fraqueza, não pode admitir que não consegue fazer tal coisa, não se permite
seguir os seus sonhos porque eles podem ferir as expectativas que criaram em
torno da gente.
A morte é um convite a transformação que conduz a
libertação de tudo aquilo que perdeu o brilho, que envelheceu dentro e fora da
gente.
A meta e renovar a energia, é voltar a ser criança e
perceber que ainda existe vida mesmo depois que uma relação acaba, que
precisamos mudar de carreira, e que outras coisas terminam.
E difícil se desligar de algo ou alguém, certamente essa
lição não nos foi ensinada na infância.
Mas acredito que melhor forma de conduzir um término e
levar consigo as coisas boas que foram vivenciadas ao lado de alguém.
Mas a vida precisa seguir, a gente precisa viver, e viver
e estar sempre em contato com uma energia , um aprendizado, uma oportunidade
nova.
Que tenhamos uma transformação positiva e que os fins
sejam compreendidos como uma ponte e não como um ponto final.
Amigo, acho engraçado como esse blog acompanha a nossa sintonia, realmente. Ontem, eu estava fazendo um estudo sobre obsessão espiritual e as relações com o caixão, no lenormand. E olha que surpresa, o caixão apareceu por aqui!
ResponderExcluirEu sei falar com propriedade, o sentimento que a passagem do caixão traz, e como realmente não somos donos de nada, e nem de ninguém.
Beijo querido!
Grato pela iluminada participação, infelizmente a gente não é educado pra esse fato como falei no poste. A gente só percebe quando vem a torre e a morte. Mas a gente vai chegar lá!Bjao!
Excluir