segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Arcano XIII- A morte

Olá queridos amigos!
O arcano XIII vem promover uma mudança na atmosfera por aqui.
Algumas coisas precisam acabar, outras simplesmente acabam porque seu tempo de válidade expirou, e outras a gente faz questão de finalizar porque não há mais o que aproveitar.
Assim é a vida. Feita de ciclos, onde algo nasce e algo morre interna ou externamente.
A vida estará sempre passeando por novos caminhos, deixando para trás a lembrança, o aprendizado, a maturidade que vem com o passar dos tempos.
Com o tempo compreendi que tudo tem o seu final. Antes pensar nisso me soava como uma coisa negativa, como se a pessoa já tivesse almejando isso, e na verdade, o que morre é um ciclo, mas outros se seguem.
Por isso, peço que este Arcano represente hoje o fim de um ciclo negativo, de uma fase dificíl, de um sentimento que não merece mais espaço no coração, e que o sentimento de medo, angustia , insegurança, morra para dar lugar ao sentimento de coragem, renovação, confiança e fé.

Momento de reflexão a La Morte do Taro:
"METADE

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio;
Que a morte de tudo em que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca; 
Porque metade de mim é o que eu grito,
Mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe
Seja linda, ainda que tristeza;
Que a mulher que eu amo seja pra sempre amada 
Mesmo que distante;
Porque metade de mim é partida
Mas a outra metade é saudade...

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
E nem repetidas com fervor,
Apenas respeitadas como a única coisa que resta 
A um homem inundado de sentimentos;
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que calo...

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e na paz que eu mereço;
E que essa tensão que me corrói por dentro
Seja um dia recompensada;
Porque metade de mim é o que penso 
Mas a outra metade é um vulcão...

Que o medo da solidão se afaste
E que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável;
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro ter dado na infância;
Porque metade de mim é a lembrança do que fui,
A outra metade eu não sei...

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria 
para me fazer aquietar o espírito
E que o teu silêncio me fale cada vez mais;
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer;
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção...

E que a minha loucura seja perdoada 
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também."
Oswaldo Montenegro

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