Refletindo sobre o temível arcano 13
Analisar esse arcano é sempre polemico por se tratar de um arcano que sempre nos remete a questão da morte física, embora nós tarólogos saibamos que é nesse campo o que ela menos atua. Significando sim, o fim de uma fase, de uma situação, de um acontecimento, para o inicio de outra.
Ao encarar ela de frente me recorri ao seu numero energético para tentar entender a maneira com que ela atua provocando essa mudança, essa transformação de uma fase a outra.Vamos as minhas elucidações:
A morte como numero 13, representa a composição 1(Mago) e 3 (Imperatriz), será que essa dupla cheia de gás poderia explicar um arcano tão complexo?
Ao me ver sim, porque se o Mago é o inicio de uma nova etapa, então a morte tem sua energia embutida, ela chega e termina com tudo que já não pertence mais, deixando assim, que o Mago com sua criatividade e inteligência, decida modificar o rumo em que ele se encontrava.
Com isso ele precisa de uma ajuda, afinal, tudo é novo, como caminhar sem aquela pessoa, sem aquele emprego, sem aquela roupa? Daí que entra a Imperatriz, com todo o seu amor, olhando a situação de forma criativa, tentando tirar um proveito de tudo isso com a experiência de uma mulher vivida, forte, dinâmica.claro que olhando pela questão física, tudo leva um tempo.
E ai que me veio a relação dela com os dois arcanos que a cercam: o 12 (pendurado) e o 14 ( A Temperança).
É a fase da dor, da tristeza, do desanimo, que antecede o espírito de luta trazido pelo Mago e a Imperatriz.Já o segundo, fala do momento de calma e equilíbrio que chega a nossa vida, quando o mago e a Imperatriz já fizeram o seu papel, ajudando a gente a aceitar aquele momento, mas entender que é preciso seguir em frente, porque enquanto se vive ou tem chances de obter o que deseja, tem que lutar.Nessa hora vem aquele sentimento de “Ufa!”, foi duro mas estou de volta a tiva, de forma lenta, dando o tempo certo pra tudo, mas com um sentimento amenizado de que tudo vai melhorar.
Outros arcanos que me vieram ajudar a entender do processo morte de uma forma geral são: a Sacerdotisa (obtida na redução do 1 e 3) e o Imperador (na soma do 1 e 3).
De modo pratico seria dizer que na morte, nos fechamos pra vida, tentando ouvir a voz interior, que vai nos guiar nesse momento, ajudando a gente a entender qual a melhor maneira de encarar essa fase, e melhor, quando é a hora de secar as lagrimas e voltar a ativa. Nada mais Sacerdotisa, porque a gente sonha, a gente chora, a gente se aconselha, ou dá conselhos, é tudo muito paradoxal.Depois disso, já refeitos da dor, vamos por a vida em ordem, arrumar o guarda-roupa, já que as velhas já se foram, vamos preparar ele para as novas que virão.E pra isso é preciso ser determinado, confiante, até meio rude, porque mesmo que voltemos a vida, isso não nos garante que mais nada de ruim nos acontecerá.Daí ´e que entra nosso amigo Imperador, porque mesmo derrotado por dentro, ele não vai se abater, e vai encarar a vida de frente. Afinal, o que conta pra ele é somente a vitória.
E ai depois de relacionar esse arcano meio como tirando ele em fatias de um bolo, cheguei na seguinte pergunta: Existe um lado positivo para a morte?Agora posso responder que sim.
Se ela vai por a gente numa nova rota (O mago) e através do amor e da caridade vai nos trazer transformação(imperatriz), como não aceitar o fato de que pra uma nova era começar a outra tem que acabar. daí me veio o seguinte pensamento:
Já pensou se não tivéssemos inventado o calendário, que divide os dias em meses e anos, fazendo a gente lutar a cada ciclo por uma vida mais feliz, mais justa, como seria?Seria algo como não ter um Ano Novo pra comemorar e desejar boas novas.O que vocês acham?
Obrigado, muito gentil e de tocante efeito para mim a sua interpretação. Esta carta me saiu agora.
ResponderExcluirAcredito que as pessoas têm medo de mudanças, o novo e desconhecido, a morte. Falo tanto da física quanto da emocional, espiritual e até mesmo material já que vivemos neste mundo onde temos que encarar as coisas com certa praticidade. Se enxergarmos a vida como ciclos, como renovações e novas chances de acertar, esta carta faz bastante sentido. É difícil deixar algo que se está acostumado e familiarizado para o desconhecido, dá medo. Mas se focarmos no crescimento como forma de mudança, 'a morte' pode ser positiva.
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